despertou atirando o lençol e cobrindo-se com cortisol. mergulhou a cara turva num vasilhame de água. suas pálpebras embebidas acostumaram-se com a compressão magnética do pré-desperto. as passagens de trem dispostas na mesa como cartas de baralho deixavam-lhe sem oportunidade de blefe. all-in.
apenas no último vagão pôde engendrar músculos e ossos para ativar a maquinaria do corpo. cabeça pendulando contra o vidro não deixa esquecer: tempo trilha na contramão. atento para as folhas caducifólias. seu esqueleto: mapa de rotas e desvios. a genealogia do desmembramento. o vôo convicto de queda.
PARE OLHE ESCUTE
3 comentários:
inebriante, impactante, cheio de elementos chave que culminam o texto inteiro para uma tensão constante.
muito bom. :)
idem à yvanna
e mais
idéias idéias
vontade de ler entre as frases!
q bom q vc voltou ^^
não deleta esse ¬¬
e nem adiantou não me falar =P
Cadê, poeta? Nunca mais escreveu?
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