estamos amputados.
estendemos a mão
num pedido de socorro
mas já não há braço.
as vítimas pedalam
os assassinos correm
só correm
não socorrem
o braço marginal
não será encontrado.
como levantaremos
nossas bandeiras?
como escreveremos
poema abaixo-assinado?
como limparemos as vidraças
manchadas de sangue?
eles só correm
nós socorremos
ó pedaço de mim
a metade afastada
exilada arrancada amputada
das vidas que já perdi.
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