uma polpa carnuda
de encher os olhos e e os dentes
mas quem se atreve a morder
sabe do amargor que carrego
das nódoas que deixo
nas camisas suadas de amor.
sei encher uma boca de prazer
sempre escorrendo uma gota pelo queixo
por isso celebram meu tempo, minha chegada
minha potência doce – mas sempre por vir.
podem me chupar por inteiro
e ao final queimar a castanha
comê-la seca, morta
convictos de que é um pedaço meu
um subproduto, por acaso gostosa
sem saber (ingênuos) que ela é o fruto
do amor que sentem por mim.
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