em terra, ontem
te observei içar neste velho saveiro
três mil e quinhentos sonhos cartografados
para se inflarem sob esta luz veraneia
que ilumina as ágatas de fogo que tens
e me eram os faróis nas noites bravias.
no mar, hoje
sempre sinto teu cheiro nos ventos do leste
buscando a todo instante tua caligrafia
incomunicável em alguma garrafa
pois já não vejo horizonte e minhas âncoras
são rastros na areia de alguma ilha.
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