segunda-feira, 4 de setembro de 2017

[.ser-tempo]



através deste pequeno furo
numa folha em branco vejo o sol
ou um poema que te atravessa
e se escreve em teu silêncio
colho teu cheiro em minha pele
como quem sabe as estações
só pela sombra dos cajueiros
eu aprendo as horas das marés
às 17h13 do dia
uma certa luz que te eclipsa
anuncia a próxima revoada
com nuvens sem forma definida
em um céu que é pura ilusão
melhor ver o reflexo do mar
nestes olhos cor de um sonho bom
cabe um mundo a ser inventado
então a que horas você vem?

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