terça-feira, 31 de julho de 2007

.fundo do poço de desejos

numa fonte de águas saturadas

um grito.

azulejos perdidos enaltecem

cobres envelhecidos.

é preciso que haja ar

para afogar-se num deserto de luxo.

o rastro de cuspe

desvia o caminho.

é o beijo infiltrado que penetra risonho,

tapeia gelatinosa imagem

e arromba

a intimidade frenética

de qualquer arrepio

sob seu manto de luto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Poema bem imagético. Senti também, como no outro poema, quase um delírio. :)

[.desloucamento]

mover-se, penetrar o espaço arrancar sombras espelhadas conhecer o solo, pisar forte, anunciar a queda arriscar o teu salto incerto da ...