enquadrado pela lente digital,
emoldurado pelas fronteiras desalinhadas
da colcha bagunçada, ainda sem dormir,
seu corpo esperdiçado é matéria pura
para o artista compor precisão.
a cama tangencia
provoca ângulos obtusos;
cores saturadas capturadas pelas retinas
cansadas de inverter a realidade
para relevar imagens bidimensionais.
a fotografia? mera obra, objeto sem relevo
revelações de um mundo prolixo
ainda que extremamente satisfatório
quando a distância focal é rompida
a meia dúzia de megapixels é inútil
se o baile fotoelétrico é substituído
pela serenidade comungada dos átomos.
terça-feira, 31 de julho de 2007
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[.desloucamento]
mover-se, penetrar o espaço arrancar sombras espelhadas conhecer o solo, pisar forte, anunciar a queda arriscar o teu salto incerto da ...
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eu mudo sempre igual e você permanece diferente. vou fazer diferente: não vou mudar pra ver se fico diferente igual a você. ...
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para Yvanna, uma sala decorada por curiosas esculturas de livros; estantes bibliomaníacas que servem para o cochilo dos diferentes copos...
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2 comentários:
Fiquei impressionada com o tanto de elementos desse poema. Tantos elementos em um só...
e a fotografia nunca consegue captar exatamente todas as possibilidades da imagem.
a fotografia é muda.
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